84 – Quinta-Feira... Diário de Viagem... San Sebastian II...

Hoje despertei com um dilema existencial... afinal sou o resultado da conjugação de esforços de pelo menos 6 pessoas... os meu pais (2)... e os meus avós(4)...; se contabilizar... (aqui liguei a calculadora)... que cada uma das pessoas referidas têm outras 6 pessoas envolvidas... ok... 6x6=36... se começar a recuar exponencialmente... nas sucessivas gerações dos meus antepassados... 6x36=216x6=1296x6=7776x6=46656x6=279936x6=1.679.616... ufa tenho um formigueiro de gente... por trás da minha mísera existência... acho que vou tomar um banho de água fria... ; 07:28 (hora de España... uma hora mais...)... desço até recepção... peço o “El Pais”... atravesso a avenida marginal... e sento-me num banco de jardim à beira da praia de la concha...; tenho como acompanhante madrugador... uma pequena estatueta... “del Quijote”... ; durante o pequeno almoço... resolvemos que seria melhor... entregarmos o carro a “Europcar”... pq nos sentimos tão bem por aqui... que até domingo... ñ nos apetece sequer ir espreitar os arredores... Hondarribia... ou o museo Chillida-Leku... que fica em Hernani...; enfim deu-nos a preguiça e estamos “tan a gusto” somente com ... praia-hotel-restaurante-passeio marítimo-pub... e ñ queremos mais nada... mt menos cultura... eu ñ insisto com os mocinhos Kika e Doug... pq já conheço quase td de interessante que exista por aqui....; ontem à noitinha qd vinhamos do pub... vivemos uma experiência única... que ainda ñ assimilamos totalmente...; qd deixamos o pub... resolvemos passear um pouco pelas ruas “peatonales” da “ciudad vieja”... e observar o ambiente frenético que existe nos enúmeros bares... uma espécie de bairro alto... mas com mais gente...; a certa altura... e estavamos nós distraídos a ler os menus expostos... dos vários restaurantes... qd reparamos... que éramos as únicas pessoas naquela rua... em poucos minutos td tinha fechado e as pessoas desaparecido... ; ao fundo da rua... um individuo de capacete vermelho e encarapuçado... munido de uma pequena metralhadora das forças especiais... fazia-nos gestos desesperados... no sentido de nos irmos embora... era um “ertzaintza”... um polícia do pais basco...; caminhamos rapidamente no sentido indicado pelo polícia... e reparamos que do lado do porto de mar... se ouviam gritos e o ruído de garrafas a partirem-se... fomos seguindo por um corredor... cheio de indivíduos armados e encarapuçados... as ruas estavam bloqueadas por inúmeros carros da polícia... enfim chegamos ao hotel... sorridentes e com a adrenalina bem acelerada... epah afinal... sempre estamos no país basco...