quarta-feira, 8 de agosto de 2007

61. – Terça-Feira... Cumpleaños Felices...

Após o check in... eu e Kika refugiamo-nos na sala de embarque do terminal 2... que se enchia... rapidamente... conversamos um pouco... sobre a possibilidade dela fazer comigo o interrail... até a cidadezinha de Tramelan... nos montes Jura... na Suíça... onde ela costuma refugiar-se... 2 semanas por ano... na busca de referencias familiares; há lá montes de ancestralhada... para visitar... a presença dos Berger ( os responsáveis pelos meus olhos azuis)... vivem na região... de Bale... há mais de mil anos... falam suíço-alemão como forma de afirmação da sua identidade... têm nomes germânicos... uma religião própria... são Menonitas ( uma reforma realizada por um sacerdote católico holandês... Menno Simmons... em 1530 e que acabou por gerar “a guerra dos camponeses” na Alemanha... camponeses esses que eram liderados por um iluminado de nome Tomaz Muntzer;... perseguido por Católicos e Calvinistas... Menno Simmons refugiou-se nos montes Jura... onde foi acolhido e protegido pelo bispo católico da região)...; ñ gostam de franceses (sobretudo das escolas de língua francesa)... hoje dominam a economia da região... são criadores de gado... grandes produtores de queijo... e fabricantes de relógios... e com as suas cooperativas... dominam a produção... a distribuição... e a comercialização dos seus produtos...; em Lisboa existem uma centena... de menonitas... a maioria provenientes do Canada... e dos Estados Unidos... países onde muitos se refugiaram... durante a primeira guerra mundial... (de uma reforma no interior dos menonitas feita por Jacob Am... nasceu uma comunidade hoje muito conhecida... que são os Amish....); eu e Kika somos menonitas... eu por herança paterna... fui baptizada aos 12 anos... em Tramelan... pois os menonitas são anabaptistas... ñ fazem proselitismo... e hoje ser menonita é como ser-se judeu... é quase uma etnia... nasce-se menonita... é-se ecuménico... quer dizer... pode-se frequentar ao domingo... outros cultos cristãos... por isso normalmente frequento o culto católico-romano...; No avião... a Kika esconde-se por detraz dos seus fones... pastilha elástica... e um livro receitado por mim... e que ela consome com avidez... “Lolita” de Vladmir Nabokov...; eu... sem net... tento com pouco sucesso... fazer algum do trabalho que trouxe...; No aeroporto J. Paulo II... damos de frente com um Jordi... efusivo... que nos lambe... com a sua alegria “ciosa”... como se fossemos duas cachorrinhas...; retira-me... de uma forma servil... a mochila e a mala... e leva-nos para o interior do Ranger Rover... e depois para o hotel... onde está instalado... havia alugado uma habitação para mim e para Kika... por 2 dias... obviamente que perante isto... nos tornamos muito mais acessíveis... e piscando o olho... cantamos em coro e em castelhano os “cumpleaños felices... (repetir 2 vezes)... mucha felicidad... cummmmmpleeeeeaños feeeeeeeliiiiiiiceeeeeeess... (el gran final)… palmas... beijinhos e abraços... agora só falta “el champan y la tarta”... a melodia é igual a portuguesa…; concordamos que o dia seria passado no hotel... e por isso apressamo-nos a ir desfrutar da piscina... o tempo estava nebulado... e por causa disso tínhamos a piscina quase só p’ra nós... ; na espreguiçadeira... eu deitada... e ele sentado na dele... e debruçado sobre mim... discorríamos sobre a conversa que o meu pai tinha tido comigo relativamente ao nosso pretenso casamento antes do findar do ano... “epah... o teu pai como militar que é... e ainda por cima estratega... já percebeu que nós os dois... vivemos dentro de uma trincheira... imóveis... com receio de avançar pq desconhecemos o potencial do inimigo... e de recuar... pq... o inimigo a isso ñ nos obriga... falta-nos a tesão do combate...” perah... ñ acredito... ele disse-te isso...??? pq ñ podem ser palavras tuas... !!!... ele telefonou a pressionar-te...??? “disse”... confessou-me Jordi... e rimos mt os dois... “o velho marou de vez... a tesão do combate...???”; após alguns instantes de silencio voluntário... eu olhei-o no mais fundo dos olhos... e da alma... e perguntei... “e o que fazemos... Jordi Pujol Blaufucks... saltamos as trincheiras e desbaratamos os inimigo... ou recuamos de tédio e fastio...??? ... ele riu nervoso... ñ querendo parecer indeciso... nem apanhado de surpresa... “já pensei mt no assunto... e... se por uma mera hipótese... o inimigo for... robusto... e inexpugnável...?” “íamos precisar de um bom plano B”...; eu levantei-me decepcionada... e dirigi-me para a prancha de mergulho... ele veio atraz de mim... “sabes Jordi... tu já és o meu plano B... LEMBRAS-TE...!!??” disse-lhe cabreada... e desapareci no fundo da piscina...

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