domingo, 24 de junho de 2007

8.- Flip Flop...

Deslizava eu, a pouquinho ...indolente ...revisitando capelinhas ...por entre as ruelas de um Bairro Alto à pinha, de Ray Ban no nariz, mochila militar nas espaldas, vestidinho Miami Night de Alberto Murta, fones Genius bem atarrachados aos tímpanos a debitarem DJ Vibe ...quando ...no interior do Bar “Arroz Doce”, vi um fantasma, daqueles que voltam espaçadamente, ao fim de dois ou tres anos; beijou-me nos lábios, olhei-o profundamente ...Aloha shirts aberta a exibir uma floresta de pêlos grisalhos, barriguinha emproada, cigarrilha na mão direita como se fosse a batuta de um maestro experimentado ...Olha a Andrade ...!? interjeitou alto enquanto me apresentava ao resto do grupo ...anda ...bebe um “pontapé na c ...”? GAJA ...? olhei para a entrada ...Jordi... o meu “Alatriste”...respirei fundo aliviada... resgatada ...distribuí beijos e fugi ...amparada nos braços musculados do meu “Jinete” catalão ...Zé dos bois ...? No ...se me fueran las ganas ...quiero ir para casa ...! Qué pasa gaja …estás mareada? Sí …suspirei com ar mimalho …!Vale …lo que tu quieras ...enfadou!

Um comentário:

Larko disse...

O bairro, labirinto de Fausto onde um formigueiro de mil espécies diferentes coabitam, ruidos e fantasmas passam aquelas paredes... a gargalhada dobra a esquina a tontura cresce erva daninha irrita as calças e ataca nossos atacadores... não é à toa que essas ruas mudam e se inclinam tantas vezes ao nosso passar.
Um beijo roubado de um maestro fumegante, convicto dragão vilão que se estendeu a ti... de uma toca surpresa, queimou.te... mas sorte de quem tem cavaleiros resplandescentes... que a segurem firme em seus braços!
Gosto da maneira como escreves